Isso são horas?

Agora e logo agora, dentre tantos segundos, minutos, horas,
dias e meses, logo agora, sem hora, com tempo.

Vem me agora dizer que ainda há tempo,
que enquanto tempo for, tempo é de se apagar
o mal tempo.

Que me venha com a cara mais lavada,
de quem não quer nada, dizendo que nada quer.

A quanto tempo, não?
Sorriso como perdão.

E o que me fiz do tempo, que do tempo perdido
me tomara outrora, quando o tempo era nosso,
mas não nossa hora?

Do que me vem agora, aparecendo ao tempo
que me desconforta.

Será que sabes do que passado foi me?
Será que sabes da ausência tua?
Será que sabes do que não quis saber?

Então agora, logo agora.

Pensa que tempo tem na mão
que o deixa ir e que o quer quando não,
que se despede sem de mim sair,
que volta quando aqui já o não.

Abra a porta, deixe o vento,
que a tempestade tua não breve vai passar,
desarrumando a casa dos meus sentimentos,
revirando a ordem dos meu pensamentos.

Todo o caos, o todo, e tudo em um sorriso,
uma vez mais me acabo, maldito o seja,
sentimento inacabável...

Algo me prende a você ...

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