domingo, 20 de setembro de 2009

Veronika Decide Morrer

Por Isabelle Restel

Veronika vive os mesmos sonhos e desejos de qualquer jovem em qualquer lugar do mundo. Tem um emprego razoável, mora num pequeno quarto que lhe dá o prazer da privacidade. Frequenta bares movimentados. Encontra rapazes atraentes e sai com alguns deles. Mas, ainda assim, Veronika não é feliz. Alguma coisa falta na sua vida. E é por isso que, na manhã de 11 de Novembro de 1997, Veronika decide morrer.
Fantasia e sonho. Paixão e loucura. Desejo e morte. No seu caminho para a morte, Veronika percebe que cada minuto da existência é uma opção que fazemos entre viver e desistir. Veronika experimenta prazeres novos e descobre que há sempre um outro sentido para a vida. Só que o tempo é curto. Veronika decidiu morrer e este caminho não tem volta."


Em Veronika Decide Morrer, Paulo Coelho aborda de forma extraordinária alguns questionamentos comuns na vida de qualquer pessoa. Coisas sobre o sentido da vida, o motivo da nossa existência, a luta diária pela felicidade e etc. Coelho confronta loucura e sanidade, vida e morte, nos guia para uma série de reflexões sobre as nossas atitudes, nossas escolhas, o caminho pelo qual decidimos percorrer e obviamente suas consequências. Embora possa parecer, a obra não é um livro de autoajuda, o autor não o escreveu com essa intenção, porém, o ‘efeito’ causado ao leitor é bem semelhante aos do gênero: a velha (?) história de superação e salvação.

Paulo Coelho já esteve internado em uma clínica psiquiátrica quando adolescente e escreveu baseado em sua própria experiência mas sem fazer dela uma autobiografia. Segundo ele, “a loucura é a incapacidade de comunicar-se. Entre a loucura e a normalidade, que no fundo são a mesma coisa, existe um estado intermediário: chama-se ser diferente. E as pessoas estavam cada vez com mais medo de ser diferentes. No Japão, depois de ter pensado muito sobre a estatística que acabara de ler, me veio a ideia de escrever um livro sobre a minha própria experiência. Escrevi Veronika Decide Morrer na terceira pessoa, usando meu ego feminino, porque sabia que a minha experiência de internação não era o que interessava mas sim os riscos de ser diferente, e o horror de ser igual.”

No mais, estamos falando de Paulo Coelho, um dos maiores e melhores escritores do mundo, suas obras ultrapassam a marca de 100 milhões de exemplares vendidos, seus livros foram traduzidos em 67 idiomas e editado em mais de 150 países. Dispensa comentários, ?

O livro ganhou adaptação para o cinema, veja o trailer:





Acredito que não é necessário dizer que nenhum filme substitui o livro, são universos diferentes, formatos diferentes de contar a mesma história. A verdade é que sempre fica algo a desejar em filmes baseados em livros, algumas partes não são totalmente fiéis. Nesse caso não foi diferente e algumas comparações são inevitáveis, são elas: a mudança nos nomes de alguns personagens, a mudança do local, no livro a história se passa na capital da Eslovênia e no filme foi transferida para Nova York. No livro ela tenta se matar em um quarto alugado de um convento, já no filme isso acontece em seu apartamento ao som de Radiohead (o que não é tão ruim assim) fora outras cenas menores e outros detalhes. Tirando isso, o filme segue a mesma linha de raciocínio do autor, embora ele não tenha participado em nada do roteiro e nem acompanhado as filmagens.

A atriz Sarah Michelle Gellar interpretou muito bem a protagonista da trama, apesar de ser difícil desassociar a imagem dela como “Buffy, a caça-vampiros”, personagem mais marcante de sua carreira. Enfim, como o próprio Paulo Coelho escreveu na sua página no Twitter: “Não tente achar um rio no mar, não tente achar o livro no filme.”

Mas em caso de dúvida, experimente os dois.

Fica a dica. Beijos!



Veronika Decide Morrer
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=876058

3 Comentários:

Unknown disse...

Ameeeeei *-*

;*

Cláudio Oliveira disse...

ADOREII O FILME!
Parece que ela renasceu de novo.

PS: Só pra descontrair. Devia ter um filme: Sarney decide sair!

edubernardino disse...

Li o livro mas não fiquei muito encantado nao... tomara q o filme valha a pena.

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