terça-feira, 2 de março de 2010
Um lagarto no jardim
Lá estava um lagarto, perto da cerca viva na grama do jardim, um vulto tentando não se notado, quando olhei ele corria em direção a vegetação mais alta como tentando talvez fingir que não estava ali, pensando talvez que assim eu esqueceria que eu o vi, que sabia que ele ainda estava ali, e mesmo assim, talvez o sentimento de fuga e desespero, quieto e imóvel, ele devesse pensar que eu ignoraria o fato, ou que eu seria um lagarto, como ele, e me convenceria que nada ali aconteceu...
Fiquei com dó ao pensar que, o que esse lagarto, que se achava esperto, talvez não imaginasse era que eu já estava o observando a tempo, antes mesmo dele notar minha presença eu já sabia de onde ele vinha e para onde ele ia, o que ele fez e o que iria fazer, que provavelmente nem ele imaginava é, que os ovos que estavam ali, eu é quem havia colocado.
Assim como muitas pessoas se fazem de lagarto.
Postado por Dona Geo às 03:46 2 comentários
Marcadores: Crônicas, Reentendendo
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